terça-feira, 1 de abril de 2014

Encéfalo

Esses labirintos que acabam comigo, essas ruas tão longas com becos no final.
Cada passo é uma eternidade nesse lugar, como se estivesse sem rumo, e nunca fosse parar de andar.
São apenas flash por cada rua que passo, em alguns me interesso e observo.  Capta minha atenção por milésimos ou dias e depois só consigo me dispor a andar mais.
Nunca soube por ninguém sobre uma saída, somente lugares diferentes que vão me levar lugar algum.
Queria sair desse labirinto e espiar a vida, queria saber como é viver.
Para esse lugar não existem mapas e nem se quer rotas, não pedi para entrar nele.
Um dia só me vi perdido, vagando por ai, a procura de formulas e jeitos de tentar sair desse mundo.
Mas ele é tão apertado e quente, que me sufoca, me retira as forças para pular de lá, mas sempre parece me puxar.
Somente tento me agarrar aonde consigo antes de me afundar constantemente dentro desse vazio que se tornou esse labirinto.

As vezes vejo portas, que me convidam a entrar, e tentam me convencer de ser diferente de vários jeitos, querendo me puxar eternamente para dentro do labirinto, talvez um ou outro saibam a resposta de como sair. Mas a medida que me aproximo sinto como se fosse ficar ali para sempre.
Destinado a viver sem direção a seguir, somente a vagar.