terça-feira, 27 de agosto de 2013

Tempestade

Um pequeno barquinho e um pescador no meio do mar e buscar o sustento de casa. Os ventos estão uivantes a popa aquela noite, ele sabia que teria que deixar mais do que levou para poder voltar para casa vivo. Sua vida corria perigo.
 Seu barco já não suportava mais a força colossal do mar, mas não, do barco não saiu.
O dia amanheceu e o barco está intacto, o pescador em casa deitado em sua rede, com o cheiro de peixe... Tudo ficou branco em sua frente, apenas pode sentir que estava deitado em uma mesa de pedra e já não conseguia enxergar. Gritou por socorro até que abriu os olhos, um rosto de uma mulher em sua frente, Os olhos eram grandes, foi o ultimo sorriso que ele viu. Até voltar para um barquinho no meio do mar em busca do sustento de casa.

domingo, 25 de agosto de 2013

Precipitado

Se seguem histórias e fatos de lugares que se tornam abrigo de mentes cansadas, um cantinho dentro de uma imensa mansão, ou até mesmo uma casa pequena com uma imensidão desses locais.
Não conseguindo ter um lugar assim ele caminhava perdido, tão oco era ficar dentro de cimento e tijolos pintados.
Mas ele se sentia completo quando o vento batia no rosto, quando a chuva pingava em sua face, quando pequenas formigas ficavam enormes em seus olhos curiosos, sentir se feliz não era a palavra, mas era algo bem próximo. Sentia aquilo a verdade por trás de tudo, engolia os sentimentos e salivava empatia, sempre foi bem singelo o modo como ele olhava as folhas, e tudo ali era perfeito naquele momento.
Esses momentos eram iguais estrelas cadentes acendendo em sua alma fagulhas de esperança, momentâneo.
O tempo todo tudo era assim, momentâneo. Sempre era raro e momentâneo... Tempo... Tempo...
Não estava acabando nem recomeçando, só correndo. E ele notou que tudo é para se apreciar.

Mas tantos detalhes...
Por onde começar...
Deveria se embebedar de tudo...

Ele refletiu tanto, que acabou esquecendo a ideia, e apenas voltou a apreciar o por do sol involuntariamente de dentro do trem que o leva-vá a lugar algum.

sábado, 24 de agosto de 2013

Entendimentos

Ofegando olhou ao seu redor. Respirava tão rápido que seus olhos se cobriam de vapor que saia de suas narinas, forçadas, pelo impulso da corrida e o ar gélido que o cercava.
Seu abdômen dolorido o forçava a caminhar com muito esforço. Mas era de maior importância agora sua vida, algo o perseguia, e Pierre começou a temer o pior.
Fugia nada menos do que da morte, corria desesperado com intuito de jamais do nosso mundo sair, era de extrema importância sua estadia na terra, e não queria ser levado para qual seja o lugar que iria.


Telefone toca: Triiiim,....... Triiim,.......... Triiim,...........
O barulho aquela manhã de tudo ou qualquer coisa era irritante para Pierre, Sua cabeça dó-ia. e ele não se sentia nada bem :  - Assim que tudo isso acabar, vou precisar urgente de analgésicos. Era tudo que pensava enquanto atendia o telefone sem pressa alguma.
Triiim,...............Triiiiiiiiim,...............Triiiiim,..............


- Alô !
- Por favor, Senhor Solari!
- O mesmo!!! com quem converso ?
- Sou senhor Bradock, dono da danceteria BLACK.
- E que divida tenho com você ?

Canário da madrugada

Estava lá ele pensando com um cigarro na mão.
Tentando redescobrir como se sentir vivo, alegre, entusiasmado como de costume era.
Uma quebra do silêncio rotineiro da madrugada.
Um canto inesperado para aquela hora.
Mais uma vez, aquilo quebrava a rotina de contemplar o silêncio.
Porque o pássaro estava cantando aquela hora, pensou consigo e refletiu.
Em uma gaiola de alegria ele não canta.
Que tal uma metáfora de bons presságios como o anuncio do Sol.
Mas era cedo demais para o rei se erguer novamente.
Pensando bem, eram presságios de terror, concluiu.

Cantar em noites que as nuvens se contrastam de roxo, banhado a luz do pobre poste de luz alaranjado.
Não é comum de um canário.

Adiante com os pensamentos o pássaro se calou, os pensamentos se tornaram vagos e vazios como de costume.
Pobre rapaz, na juventude se perdeu, e logo de noite com um canário se encontrou.